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Esta coisa séria da escrita e da vida que não se leva a sério como convém. Acabei de saber duma criança consumida pelo fogo num palheiro e pedi responsabilidades a esse deuzinho tão bondoso e interveniente: informaram-me, em nota oficiosa do arcebispado de braga, onde me encontro de férias precárias, que a negligência é humana e deus não o é pela sua própria natureza - além de que tem imunidade diplomática e estatuto internacional de inimputabilidade. Assim, recolhi aos meus aposentos, no mais pesaroso silêncio dos deuses. Caíam cinzas no écran do meu portátil, lavravam incêndios de dor por toda a parte e dei por mim numa prece breve de revolta, que só os ateus sabem rezar pelos outros.
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