não quero poemar
não brinco com as palavras
não quero brincar
mas há palavras armadas em senhoras muito sérias
e outras muito senhoras do seu nariz
e ainda muitas outras muito senhoras finas de mau porte
e há que desmascará-las
violá-las por amor à arte
na violência da vida
no seu deboche de mau-gosto
e da língua demasiado comprida de muitos
nesta casa de putas deprimentes
sans glamour sans amour
declamar amor
e deixar o meu telemóvel esquecido no teu travesseiro
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