sexta-feira, 28 de maio de 2010

UM POEMA POR DIA ATÉ QUE ME TIRA A AZIA

tendo por mote o massacrante lusiadas,

das almas e os varões dependurados
que da acidental playa lusitana( efeito tgv lx-madrid)
por sete mares já dantes ajantarados
foram além da conforama

ao Luís de Camones,onde páram teus ossos,meu?

Recebo novas frescas dum soldado entre mil
que em vez de ossos e farda
tinha areia, mentiras e mais nada

Que dizer do nosso vate maior
se ninguém sabe nos Jerónimos da nossa desilusão
se são ossos de criatura
do pernil ou osso-buco
ou até de galgo afegão?

Tristes correm os rios duma nação
choram de dor, Douro abaixo até ao Dão
sem mondar do Mondego de seus amores
onde pára o nosso Princípe náufrago sem-abrigo?

Que se levante o povo assírio dos montes Hermínios
de Avis ou Europecar da Restauração
que se atire falsas elites borda-fora
e um novo Afonso Henriques clame em mirandês Pertual
meu país místico de Freixo-de-Espada-à-cinta a Ourique
império de mentira iniciática de Sagres
-mas que se minta em grande, pela grandeza tremenda de Portugal

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